Em um cenário de crescimento acelerado do consumo de podcasts, a publicidade encontra terreno fértil para se conectar com o público. Um levantamento realizado pela IPG Mediabrands, por meio da unidade Magna, em parceria com o Spotify, revelou que anúncios em podcasts são melhor recebidos no Brasil do que em outros formatos de mídia.
A pesquisa, realizada pela primeira vez no Brasil, contou com a participação de mais de 2 mil ouvintes e testou campanhas de marcas como Rico (XP) e Dove (Unilever). O estudo analisou quatro variáveis principais:
Duração
Trilha sonora
Tom de narração
Alinhamento contextual
Apesar da tendência global de utilizar anúncios curtos, o estudo revelou que 63% dos ouvintes brasileiros estão abertos a anúncios mais longos, com duração de até 30 segundos.
Além disso, campanhas extensas apresentam 14% mais chances de transmitir informações relevantes.
A trilha sonora e o tom da narração também se mostraram determinantes na aceitação dos anúncios. O estudo apontou que campanhas com músicas suaves e locuções animadas captam melhor a atenção, contrastando com narrações mais neutras ou sem trilha.
Essa combinação cria um ambiente sonoro que facilita a concentração e melhora a retenção das informações da marca.
O fator mais relevante para o sucesso dos anúncios, segundo a pesquisa, foi o alinhamento do conteúdo publicitário com o tema do podcast.
Quando a publicidade está diretamente conectada ao assunto do episódio, o impacto no público pode ser até duas vezes maior.
Essa expectativa reflete o comportamento dos ouvintes brasileiros, que valorizam a coerência entre o que escutam e o tipo de anúncio recebido. Diversidade de gêneros exige, portanto, uma abordagem personalizada por parte dos anunciantes.
O estudo reflete o potencial do mercado de podcasts como uma plataforma eficaz para publicidade, ampliando o engajamento do público de forma mais natural e menos invasiva.
A parceria entre anunciantes e podcasters, com foco em campanhas contextuais e personalizadas, aponta para um novo modelo de comunicação em ascensão no Brasil.
Fonte: E-commerce Brasil