A Fórmula 1 voltará à programação da Globo a partir de 2025, após um hiato de quatro anos em que os direitos de transmissão ficaram com a Band. A emissora carioca ainda não oficializou o acordo, mas fontes do mercado publicitário tratam a volta da principal categoria do automobilismo mundial como certa. O contrato atual com a Band, que se encerra no fim de 2024, foi interrompido devido a dificuldades financeiras, embora a emissora ainda vá transmitir as últimas oito corridas da temporada, incluindo o Grande Prêmio São Paulo, no dia 3 de novembro.
O retorno da Fórmula 1 à Globo marca uma nova fase nas negociações entre a emissora e a Liberty Media, empresa que detém os direitos comerciais da competição. Um dos pontos em discussão é a divisão das transmissões entre TV aberta e plataformas de streaming.
Na nova fase da parceria, a Globo pretende exibir apenas parte das corridas da temporada em seu canal aberto, diferentemente do passado, quando todas as provas eram transmitidas ao vivo. A Liberty Media, que valoriza a ampla exposição na TV aberta, ainda busca manter uma forte presença no sinal gratuito devido à popularidade da Fórmula 1 no Brasil, um de seus principais mercados.
A solução encontrada deve ser a divisão das transmissões: parte das corridas será exibida pela Globo, enquanto o restante será transmitido via Globoplay e SporTV, canal esportivo da emissora. Essa estratégia também visa fortalecer o Globoplay, utilizando a Fórmula 1 como um atrativo para aumentar o número de assinantes, especialmente entre os fãs mais dedicados que desejam acompanhar todas as etapas da temporada.
Apesar de não alcançar mais os níveis de audiência do passado, a Fórmula 1 ainda é considerada um produto valioso na TV. Mesmo sem pilotos brasileiros no grid, o esporte mantém um público fiel, o que o torna atrativo para patrocinadores.
Na Band, que ainda detém os direitos de transmissão até o final de 2024, a F1 contou com patrocínios de grandes marcas como Claro, Heineken, Stone e McDonald’s. Além disso, outras empresas como Philco, Mitsubishi Motors, Netflix e Shopee também compraram cotas de participação durante as transmissões, o que garantiu resultados comerciais satisfatórios.
Com a volta à Globo, a expectativa é que o modelo de negócios da Fórmula 1 se expanda, não apenas pela exibição em TV aberta, mas também pelo potencial de alavancar assinaturas do Globoplay, consolidando a categoria como uma peça-chave na estratégia comercial da emissora em 2025.
Fonte: Meio & Mensagem