O Dia dos Pais de 2024 deve gerar R$ 7,7 bilhões em vendas, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada, a previsão representa um aumento de 4,7% em relação à mesma data de 2023, ajustado pela inflação. O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais relevante para o varejo brasileiro em termos de movimentação financeira.
Segundo José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, a data é de grande importância para o comércio. "Com sinais positivos para o consumo, esperamos um aumento significativo nas vendas". De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, a taxa de desemprego está em 7,1%, a menor desde 2014.
A CNC estima que as lojas de vestuário faturem R$ 3,07 bilhões com o Dia dos Pais. Em seguida, quem mais se destacam para a lista de presentes são os setores de perfumaria e cosméticos (R$ 1,51 bilhão) e utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão). Juntos, esses três segmentos devem representar quase 75% das vendas totais no varejo.
Regionalmente, São Paulo (R$ 2,321 bilhões), Minas Gerais (R$ 792 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 681 milhões) responderão por quase metade (49,3%) da movimentação financeira esperada. Bahia (8,2%), Santa Catarina (5,7%) e Rio de Janeiro (5,6%) são os estados com maior crescimento em relação ao ano passado.
Embora os preços estejam mais altos, o aumento ainda é menor do que nos anos anteriores. Se comparado ao período de 2021 e 2022, quando os preços subiram 8% e 8,4% respectivamente, em 2023 a inflação desacelerou para 5,3%. A CNC projeta uma variação de 2,9% para 2024.
Entre os 13 grupos de itens analisados, quatro devem ficar mais baratos que em 2024, incluindo televisores (-3,1%), computadores pessoais (-4,1%) e aparelhos telefônicos (-9,4%). Em contrapartida, livros (12,9%), bebidas alcoólicas (10,1%) e alimentação fora do lar (4,8%) devem registrar as maiores altas de preços.
Fonte: CNC